O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento neurológico que se manifesta, frequentemente, nas fases iniciais da infância.

Caracteriza-se por comportamentos atípicos, dificuldades nas interações sociais e na comunicação. Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que uma em cada 160 crianças tem autismo, e essa prevalência tem aumentado, impactando significativamente as estruturas familiares.

Rotina afetada

Os familiares de crianças com TEA enfrentam desafios únicos que afetam sua qualidade de vida.

A dedicação intensa ao tratamento da criança, as alterações nas rotinas diárias e as preocupações constantes com o bem-estar do familiar com TEA geram estresse e dificuldades nas atividades cotidianas.

Estudos mostram que a qualidade de vida dos familiares é comprometida, tanto em termos de saúde física quanto mental. Isso destaca a necessidade de intervenções que promovam não apenas o bem-estar da criança, mas também o dos cuidadores.

Promoção da atividade física

Uma abordagem eficaz é a promoção da atividade física. A literatura indica que a participação dos familiares em atividades físicas pode melhorar a saúde e a qualidade de vida de todos os membros da família.

Durante a pandemia de COVID-19, ficou evidente que o confinamento afetou negativamente a saúde mental das famílias, exacerbando o estresse e os sintomas das crianças com TEA. A implementação de atividades físicas, mesmo em casa, é crucial para mitigar esses efeitos.

É fundamental que as famílias adotem hábitos saudáveis ​​e criem um ambiente propício à prática de atividades físicas.

Orientações com chancela da OMS

A Organização Mundial da Saúde recomenda que as crianças, incluindo aquelas com TEA, realizem 60 minutos de atividade moderada a vigorosa diariamente.

Essa prática não só melhora a saúde física, mas também fortalece os laços familiares, promovendo um estilo de vida ativo e saudável.

Estudos demonstram que a participação conjunta em atividades recreativas pode resultar em melhorias significativas no engajamento familiar e na saúde mental.

Os pais que se envolvem em exercícios com seus filhos não apenas promovem a saúde física, mas também desenvolvem uma relação mais próxima, favorecendo um ambiente familiar positivo.

Tecnologia como aliada

A tecnologia pode ser uma aliada nesse processo. Plataformas online oferecem recursos e orientações para que as famílias se mantenham ativas, mesmo em casa.

A sistematização das atividades físicas e a inclusão de todos os membros da família são essenciais para a promoção da saúde e da qualidade de vida.

A baixa atividade física entre crianças com TEA e suas famílias pode levar a comportamentos sedentários e um impacto negativo nas relações familiares.

Desenvolvimento das crianças

Contudo, a participação ativa dos familiares na promoção da atividade física e na adoção de hábitos saudáveis ​​são fundamentais para melhorar as condições de desenvolvimento das crianças com TEA e garantir um ambiente familiar mais saudável e harmonioso.

A conscientização sobre a importância da atividade física deve ser uma prioridade para todos os cuidadores, proporcionando uma melhor qualidade de vida para todos os envolvidos.