Botox pode ser usado no tratamento da depressão?
Estamos acostumados a vermos o famoso “botox” sendo associado a questões estéticas. No entanto, estudos mostram que a toxina botulínica também pode estar associada à melhora de sintomas de transtornos mentais.
A toxina botulínica é substância bastante utilizada em tratamentos estéticos, e os resultados de um estudo comandado por pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCSD), em San Diego , mostrou que houve uma redução de 22% a 72% no risco de ansiedade no grupo de controle que recebeu o botox.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores usaram dados do Sistema de Relatórios de Efeitos Adversos (Faers), um banco de dados do Food and Drug Administration (FDA) que reúne um banco de dados com quase 40 mil registros de efeitos positivos e negativos relatados por pessoas que receberam aplicações de botox nos Estados Unidos.
Ainda há um longo caminho científico a percorrer, mas pesquisas demonstram resultado positivo. A toxina tem efeito antidepressivo quando aplicada entre as sobrancelhas, mais precisamente na glabela, constituída pelos músculos prócero e corrugador do supercílio, pois, quando não conseguimos realizar movimentos faciais de raiva, há uma diminuição da atividade na amígdala, uma área do cérebro que está associada ao controle da ansiedade e ao medo.
Outra hipótese é que os resultados estão associados ao bem-estar gerado pela resolução de problemas crônicos, como a cefaleia tensional, e ao aumento da autoestima, pois os resultados estéticos deixam os pacientes sem rugas, consequentemente, mais jovens e com a pele muito mais bonita.