“A PNL é como a física nuclear da mente. A física estuda a estrutura da realidade, a natureza do mundo. A PNL faz o mesmo com seu cérebro. Permite decompor os fenômenos em partes que determinam o seu funcionamento”.

 – Tony Robbins –

PNL é a abreviatura que usamos para programação neurolinguística. O significado conceitual e linguístico se dá em:

Programação: significa aprendizagem. Como o ser humano recebe, processa, armazena e transforma informações sensoriais em comportamentos, aprendizados, são filtros que formam uma representação interna para o indivíduo;

Neuro: reporta-se ao sistema nervoso, ao cérebro (programas mentais, mapa mental – modelo mental) e todos os sentidos da percepção;

Linguística: formas de linguagens usadas nas informações recebidas. A representação interna gera um estado na pessoa, diferentes emoções que acabam interferem na fisiologia e também nos comportamentos, nas ações dessa pessoa, tanto aspecto verbal quanto não verbal.

Os criadores

Criada por Richard Bandler, um estudante de psicologia, e John Grinder, um professor de linguística, que iniciaram os estudos modelando pessoas que se destacaram como pessoas de sucesso, sendo elas: Milton Erickson, um médico hipnólogo, Virginia Satir, que atuava com terapia familiar e Fritz Perls, que desenvolveu a terapia de Gestalt.

A partir das modelagens realizadas observaram como os modelados se comunicavam, tanto na comunicação verbal como não verbal, identificando os padrões que faziam a diferença nos resultados que as tornavam pessoas de sucesso e passaram a desenvolver técnicas para que pudessem a melhorar os resultados dos seus atendimentos.

Estenderam as pesquisas com outras pessoas, observando também os comportamentos, quais padrões e recursos as auxiliavam para que atingissem resultados de excelência. Além dos padrões internos estudaram também os padrões internos, como crenças e valores. Com isso, concluíram que nossas experiências, crenças e emoções também impactam diretamente em nossas ações e influenciam em nossos resultados.

Um modelo para ressignificar experiências

Entendendo como nossa mente funciona é possível propiciar mudança para alcançar seus objetivos, ressignificar experiências, curar traumas e fobias.

De acordo com o estudo da PNL, nossa mente recebe informações, passando-as por filtros internos e os reorganizam, após esse processo respondemos aos estímulos externos. Quando tomamos consciência desses padrões podemos ressignificar aqueles que nos prejudicam e maximizar os que são positivos.

Isso nos proporciona o que chamamos de inteligência emocional com base no autoconhecimento, melhorando a vida familiar, pessoal, profissional e relacionamentos.

Como funciona?

Costumamos dizer que a PNL é o manual de instrução da nossa mente, como captamos e registramos as informações por meio dos cinco sentidos. Existe a realidade externa; nós captamos às informações desta realidade pelos 5 sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar); logo após existe um processamento destas informações para, na sequência, criarmos uma representação interna, que nada mais é que como representamos a realidade na nossa mente.

Depois com base na nossa representação interna, que é esta imagem mental que fazemos da realidade, nós reagimos internamente mudando nosso estado fisiológico ou uma resposta emocional que depois será comunicada para o mundo, seja de forma verbal ou não verbal.

Caso a representação interna, que é a imagem que construímos mentalmente da realidade, estiver distorcida, temos uma sensação e uma resposta distorcida também.  É o caso das fobias, na qual uma pessoa tem uma resposta exagerada a algo.  Se perguntarmos para uma pessoa que tem fobia de barata, qual é o tamanho da barata na imagem mental dela, descobrimos que a tal barata é gigante. Logo, a resposta que ela tem é desproporcional para nós, mas para ela que está vendo no interior de sua mente é uma barata gigante, a resposta está correta.

Observe o ciclo acontecendo:  a pessoa recebe o estímulo da visão quando ver a barata, esta imagem, quando passa na fase de processamento é distorcida por um filtro de percepção chamado filtro de distorção, criando assim uma representação distorcida da realidade, que gera um estado fisiológico de medo, onde o coração acelera, a respiração se altera e ela está preparada para fuga, é quando ela tem a resposta de fugir, ou gritar e assim por diante.

O desenho de um novo mapa mental

Nossa mente funciona em dois níveis: consciente (pensamento lógico) e inconsciente (funcionamento automático). Quando falamos em mente consciente podemos dizer que esta está em constante estado de alerta. É responsável por nos lembrar de datas, nomes de pessoas, compromissos. Por outro lado, nossa mente inconsciente é a parte que ativa nossas condutas, crenças e valores que determinam nossa forma de agir. A partir desse conhecimento podemos começar a desenhar um novo mapa, traçando objetivos como base naquilo que desejamos. Uma técnica muito simples que nos auxilia neste processo é a visualização. Nosso cérebro não distingue o que é real e imaginário, a PNL traz técnicas para exercitar pensamentos positivos com efeitos reais.

Este princípio da PNL, que fala que o cérebro não distingue criação de realidade, é facilmente percebido quando olhamos para técnicas como a da anestesia hipnótica, na qual é possível fazer até mesmo cirurgias sem a utilização de anestésicos e sem a pessoa sentir qualquer tipo de dor.

Há uma maneira ainda mais simples de validar este princípio, basta fechar os olhos e imaginar que está mordendo um limão, que a sua salivação aumenta instantaneamente, mesmo sem ter um limão de verdade por perto. Basta imaginar que o cérebro responde imediatamente como verdade.

Quando falamos em mudar um comportamento ou uma forma de pensar, nem sempre o caminho é tão fácil. Para isso, precisamos usar os nossos recursos mais poderosos que, na maioria das vezes, são desconhecidos. Neste momento, as técnicas de PNL são nossas aliadas poderosíssimas: por meio delas conseguimos identificar tudo aquilo que é capaz de nos limitar, nos paralisar, assim como tudo aquilo que nos favorece, nos potencializa.

 Quando identificamos nossos recursos e nossas limitações, podemos reprogramar nossa mente.

Em que tipos de tratamentos a PNL se encaixa?

Não utilizamos a Programação Neurolinguística para tratamentos de patologias. Contudo, com as técnicas de PNL é possível tirar uma pessoa de um estado de ansiedade ou pânico. Fazer com que ela naquele momento enxergue o fato sob uma ótica diferente. Muitas vezes, nestes momentos, o que enxergamos é o contexto negativo das coisas. Enquanto estiver dentro do problema, não vemos nada positivo. Ao aplicar determinadas técnicas é possível ressignificar os fatos ou enxergar a situação de outro ângulo, trazendo um aprendizado positivo.

Podemos utilizar as técnicas de programação neurolinguísticas nos mais variados contextos, entre eles temos:

  • Melhorar a performance profissional e pessoal.
  • Aliviar dores e alergia.
  • Resolver conflitos.
  • Tomar decisões assertivas.
  • Tratar traumas e fobias.
  • Aumentar a autoestima e autoconfiança.
  • Ter uma comunicação de excelência.
  • Desenvolver inteligência emocional.
  • Busca por autoconhecimento.
  • Assertividade em definir metas e objetivos.

Tais objetivos podem ser trabalhados em sessões que variam de acordo com o objetivo do indivíduo.

As pessoas costumam imaginar que uma fobia, por exemplo, pode ter um tratamento que demora anos ou ser impossível de ser tratada, com técnicas de PNL podemos ter resultado de sucesso em apenas uma sessão.

Também é muito aplicada para pessoas que têm interesse em crescimento profissional e pessoal, autodesenvolvimento de forma mais rápida, vendo que ela trabalha questões como comunicação, que afeta diretamente na qualidade dos relacionamentos.

Distorções cognitivas

De um modo geral, a PNL nos oferece ferramentas que nos permitem anular “distorções cognitivas”, como a ansiedade. Entre elas temos:

  • Ressignificar a ansiedade e seus sintomas: quando estamos ansiosos costumamos ver com nossos filtros que, na maioria das vezes, divergem da realidade pois são geradas pelas nossas percepções. Aqui se faz necessário identificar o que está desproporcional e trazer para a realidade.
  • Acessar recursos e soluções: todos temos recursos internos que nos permitem atravessar pelas mais diversas situações, mas o estado de ansiedade nos impede de acessá-los. Traga a sua mente outros momentos em passou por situações parecidas e ainda assim obteve êxito.
  • Ativar âncoras de relaxamento: uma das âncoras mais poderosas que temos é a respiração. Ao se deparar com um estado de ansiedade, volte sua atenção para a respiração, perceba se está ofegante e retome o controle da expiração e inspiração, assim você vai acalmando e relaxando.

Podemos afirmar que a PNL nos proporciona infinitas possibilidades de desenvolvimento, autoconhecimento, bem estar. Por meio dela é possível aumentar nossa qualidade de vida, assim como a qualidade de vida de outras pessoas. Há cursos de formação como o Practitioner em PNL e o Master Practitioner, que nos habilita a aplicar as técnicas em outras pessoas, tornando-nos profissionais em PNL.

E MAIS…

Como reprogramar a mente aprendendo algo novo?

A Programação Neurolinguística entende que todo aprendizado passa por algumas fases, que vão desde o momento que nem sabemos que algo existe até o momento que sabemos fazer perfeitamente e nem precisamos colocar nossa atenção na realização da tarefa.

O processo de aprendizagem se estabelece em quatro etapas:

1: Incompetência inconsciente. Não sei e nem sei que não sei.  Como uma criança que não sabe que existe um lugar para fazer xixi, ela sente vontade e simplesmente faz, ou em outro exemplo uma pessoa que não conhece carro, ela não sabe que não sabe dirigir.

2: Incompetência consciente. Sei que não sei.  É o momento onde tomamos consciência da nossa incompetência em algo, no exemplo da criança, ela ja sabe que existe um lugar para fazer o xixi, porém ainda não sabe como segurar para fazer lá. No exemplo do carro, quando a pessoa descobre que tem carro, e que precisa saber dirigir, porém ainda não tem esta competência de dirigir.  Aqui, surge a tomada de consciência, que é o que permite aprender algo novo.

3: Competência consciente. Sei fazer e sei que sei.  Aqui é quando já adquirimos a competência, porém temos que executar com a mente consciente. Quando a criança começa a fazer às necessidades no lugar correto, porém precisa se lembrar disso sempre para conseguir fazer o certo. No exemplo do carro, é a pessoa que acabou de tirar sua habilitação e precisa fazer o processo de dirigir consciente, fica racionalizando o momento de acelerar, pisar na embreagem, trocar as marchas e assim por diante, nesta fase, se torna até difícil dirigir e conversar ao mesmo tempo, pois a atenção está totalmente voltada para o processo de dirigir.

4: Competência inconsciente. Sei fazer e faço inconscientemente.  Nesta fase, já treinamos o suficiente para enviar o processo para o inconsciente realizar. Um adulto, normalmente, não precisa ficar se lembrando que precisa ir no banheiro para urinar ou que não pode fazer na cama, isso simplesmente acontece. Uma pessoa que já tem prática em dirigir, nem precisa pensar para sair com o carro ou trocar de marcas, estas ações simplesmente acontecem automaticamente, isso é a mente inconsciente realizando os processos.

Segundo este princípio, entendemos que o real aprendizado se inicia no 2 estágio o da Incompetência Consciente, que é quando tomamos consciência que não sabemos algo, logo é o momento onde descobrimos que precisamos ou podemos aprender algo novo.