Uma pesquisa realizada pela Lawrence Technological University revelou que a inteligência emocional “melhora a capacidade de alguém ser socialmente eficaz e pode levar a melhores resultados colaborativos”.

Em outras palavras, a IE não é apenas um diferencial pessoal; é um catalisador para ambientes de trabalho mais produtivos, inovadores e harmoniosos.

Frustrações não resolvidas, mudanças inesperadas, ansiedade e decepções podem transformar rapidamente um ambiente de trabalho em um espaço tóxico e desmotivador.

Quando os colaboradores não são treinados para lidar com suas emoções e as dos outros, a produtividade e a satisfação caem, e o turnover aumenta.

Relação profissional sólida

A IE é a chave para evitar esse cenário. Ela permite que os profissionais gerenciem conflitos, lidem com pressão e construam relacionamentos mais sólidos.

E os benefícios não param por aí. Uma pesquisa recente da Lee Hecht Harrison Penna, com 500 gerentes de pessoas, mostrou que 57% dos entrevistados consideram o QE uma característica predominante nos membros de melhor desempenho de suas equipes.

Isso reforça que, embora investir em habilidades “suaves” possa parecer contraintuitivo em meio a uma revolução tecnológica, é uma estratégia essencial para reter talentos e se manter competitivo.

Já a TalentSmart mostrou que pessoas com alto “quociente emocional” ganham, em média, US$ 29 mil a mais por ano do que aquelas com baixo IE. Cada ponto de aumento na IE pode adicionar US$ 1.300 ao salário anual.

Integrante da cultura corporativa

Dada sua importância crescente, a IE deve ser fortalecida e incentivada tanto no nível individual quanto no organizacional.

Ela precisa se tornar parte integrante da cultura corporativa, permeando todos os pontos de contato do funcionário: desde o recrutamento e a contratação até a integração, o treinamento e o desenvolvimento contínuo.

Não se trata apenas de ser “bom com pessoas”; trata-se de criar ambientes onde a colaboração, a inovação e a resiliência floresçam.

Investimento estratégico

Para as organizações, investir em IE não é um gasto, mas um investimento estratégico.

Afinal, como bem disse Daniel Goleman, pioneiro no estudo da inteligência emocional, “o QI ajuda muito nos estágios iniciais da carreira. Mas depois quem se destaca é quem tem mais inteligência emocional”.