Já parou para pensar como é que determinamos o curso de nossas vidas? Quando o renomado psicólogo e ganhador do Prêmio Nobel de Economia, Daniel Kahneman decidiu escrever “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”, ainda em 2011, trouxe uma nova visão sobre os sistemas de pensamento que, segundo ele, está dividido em duas frentes: o  mais intuitivo e o mais analítico.

Segundo o autor,  esses dois sistemas interagem em nossa mente, influenciando nossa percepção, julgamentos e tomadas de decisão em diversas áreas da vida, incluindo economia, política, medicina e, claro, situações cotidianas.

Ciência cognitiva

A grande novidade que ele trouxe, porém, foi  a “Teoria da Perspectiva”, pela qual ele e seu colega Amos Tversky, pioneiro da ciência cognitiva, constataram que indivíduos costumam reagir a perdas de maneira muito mais intensa do que a ganhos correspondentes, levando ao conceito de aversão a perdas ou ao prejuízo. 

Segundo esta teoria, os humanos são guiados pelo impacto emocional imediato de ganhos e perdas, e não por perspectivas de riqueza e utilidade global no longo prazo.

Em outras palavras, eles perceberam que as pessoas não costumam pensar em termos de prosperidade, mas sim de lucros e prejuízos. De acordo com Kahneman, quando as pessoas odeiam perder algo, mais do que ganhar alguma coisa. Quando isso acontece, costumam ter reações mais conservadoras. 

Contribuição emblemática

A contribuição de Kahneman foi emblemática para a psicologia e economia comportamentais já que, ao entender como as pessoas tomam decisões sob risco, as organizações podem se adaptar melhor ao comportamento humano e criar estratégias mais bem-sucedidas. Não por acaso o livro segue na lista dos mais vendidos na atualidade.