No dia 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco. Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data serve para alertar sobre as doenças que o fumo acarreta. No caso da circulação arterial e venosa não poderia ser diferente.

Para aqueles fumantes que já possuem predisposição a doenças vasculares, as consequências são mais graves. A soma do fumo com a idade avançada, diabetes, hipertensão arterial, colesterol elevado, obesidade, sedentarismo e histórico familiar de arteriosclerose, são alguns dos fatores de risco para obstrução das artérias.

Insuficiência vascular cerebral

Se esse problema não for tratado devidamente, a obstrução das carótidas pode ocasionar o Acidente Vascular Isquêmico que representa 85% de todos os casos de insuficiência vascular cerebral.

O cigarro contém substâncias que são pró-coagulantes e as artérias e veias podem ficar comprometidas com o tempo. O fumante tem o risco real de desenvolver uma trombose. O fumo aumenta a viscosidade do sangue, o que significa que o sangue dos fumantes é mais espesso em relação aos não fumantes e isso acaba favorecendo o aparecimento de trombos e coágulos.

Tabagismo ativo e exposição passiva

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o tabagismo ativo e a exposição passiva à fumaça do tabaco estão relacionados ao desenvolvimento de aproximadamente 50 enfermidades, dentre as quais vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório e doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral, a enfermidade que mais mata no Brasil, com mais de 100 mil vítimas fatais por ano.

Embora a maioria dos acidentes vasculares ocorra nas pessoas com mais de 65 anos (o risco é 30 a 50 por mil nesta faixa etária), hoje existe um aumento abrupto dos casos de AVC entre pessoas na casa dos 35 e 55 anos. As vítimas jovens de derrame se beneficiam mais do tratamento imediato. É importante que se conheça os sintomas iniciais que são perda súbita de força e formigamento no rosto, braço ou perna de um lado do corpo; dificuldade de falar; perda de visão repentina em um os nos dois olhos; dor de cabeça e sem causa aparente e vertigem ou dificuldade de caminhar.

E MAIS…

AVC crescente entre as mulheres

O AVC atinge mais o sexo masculino e está crescendo entre as mulheres, principalmente as fumantes e que estão no período da menopausa. Uma pessoa que fuma tem 50% a mais de chance de ter um AVC, tanto o hemorrágico como o isquêmico. Uma pessoa que já teve AVC tem grandes chances de desenvolver outro. É muito importante descobrir a causa do primeiro para prevenir o segundo, que na maioria dos casos, possui sequelas mais graves.