O psiquiatra Flávio Nascimento explica que a ansiedade é um processo natural do corpo desenvolvido ao longo da evolução humana para a sobrevivência. “O grande problema surge quando ela se torna excessiva”, alerta. Segundo ele, a melhor forma de identificar quando a ansiedade está “passando do ponto” é observar os impactos dela no dia a dia e nas tarefas rotineiras.
“Os sintomas de ansiedade, seja ela normal ou patológica, variam apenas na frequência e intensidade. Enquanto a ansiedade normal surge em momentos de perigo real ou ameaças imediatas, a patológica se manifesta em situações cotidianas com uma intensidade maior que pode causar outros problemas e afetar a saúde mental e física do indivíduo”, ressalta.
Complementa que, quando a ansiedade se torna patológica, ela gera sintomas muito característicos, como dor no peito, taquicardia, sudorese e dores de cabeça. Entre os sintomas de ansiedade, constam preocupação excessiva sem motivo plausível, inquietação ou sensação de estar no limite, fadiga excessiva, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e distúrbios do sono;
Prevenção
Para evitar que a ansiedade se torne patológica, alguns cuidados podem ajudar a mantê-la controlada em níveis normais no organismo. “Trata-se de uma tarefa que exige um controle de muitas variáveis, como a dieta, o sono, equilíbrio entre trabalho e lazer, exercício físico, entre outros”, observa o psiquiatra. Complementa, no entanto, que, quando há histórico negativo em relação à ansiedade, é importante buscar ajuda profissional por meio das terapias comportamentais e uso de medicamentos, que sempre devem ser indicados por um especialista.
