Como estudante de psicologia, você já deve ter percebido que o curso é vasto, com diversas abordagens e distintas maneiras de entender o comportamento humano. E em algum momento, nos deparamos com o grande dilema: qual abordagem escolher? Afinal, são muitas e cada abordagem na psicologia oferece uma lente através da qual podemos examinar e compreender questões.

A abordagem é o “guia” do psicólogo. Com ela, estamos escolhendo um conjunto de ideias, teorias e métodos que nos ajudam a explicar e abordar problemas psicológicos. A abordagem é essencial, pois esse conjunto nos traz clareza no momento de olhar para o paciente e na maneira de conduzir a sessão.

Conhecimento e autoconhecimento

Escolher a abordagem não é um momento fácil, mas precisa-se ter em mente qual abordagem e ideias dão sentido à sua prática clínica. Para isso, é preciso ter o conhecimento das abordagens e seus métodos e autoconhecimento de seus próprios gostos, princípios e visão de mundo. Além de compreender aquelas com as quais não se identifica, não somente para escolher uma linha de trabalho, mas também de autoconhecimento.

A faculdade de psicologia tem uma grade ampla, e a profissão tem evoluído muito ao longo dos anos, assim impossibilitando que a graduação acompanhe os avanços, tornando o estudo constante na vida do psicólogo, que precisa adquirir conhecimento diariamente mesmo após a graduação. A capacitação vai muito além das salas e da graduação, com especializações, cursos e estudos.

A importância dessa escolha se dá pelo fato de que o profissional da saúde mental precisa seguir firme com um entendimento que vai servir de orientação para seu trabalho, estudando e se aperfeiçoando na linha de pensamento escolhida, com o cuidado de não interferir negativamente no tratamento dos seus pacientes.

Mas, calma, nada é definitivo. A escolha da abordagem não impede a troca dela no decorrer da vida. Inúmeros motivos levam a essa mudança, seja para buscar outra com a qual se identifique mais naquele momento, seja para oferecer um tratamento que possa surtir efeitos mais positivos pelo entendimento de que outro tipo de intervenção terapêutica será mais eficaz com determinado paciente.

As abordagens mais conhecidas durante a graduação são a psicanálise, a humanista e a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Vamos conhecer um pouquinho mais sobre as ideias de cada uma?

Psicanálise

Desenvolvida por Sigmund Freud, esta abordagem enfatiza a influência dos processos inconscientes na formação do comportamento humano. Freud propôs que o comportamento é impulsionado por impulsos inconscientes e que muitos problemas psicológicos resultam de conflitos não resolvidos da infância.

Humanista

Esta abordagem destaca a importância do crescimento pessoal, do autoconhecimento e da autorrealização. Pensadores como Carl Rogers acreditavam que os indivíduos têm um impulso inato para se tornarem a melhor versão de si mesmos e que o objetivo da psicoterapia é facilitar esse processo.

Terapia cognitivo-comportamental

A TCC concentra-se na relação entre pensamentos, emoções e comportamentos. É uma abordagem prática e orientada para soluções que visa ajudar os indivíduos a identificarem e modificarem padrões de pensamento e comportamento que estão causando sofrimento ou dificultando seu funcionamento.

Além dessas, existem inúmeras abordagens, dentre elas, as chamadas terapias contextuais, que não são aprofundadas na graduação. Mas fique tranquilo, pois aqui e no canal de estudantes da Sinopsys você ficará por dentro dessas abordagens e de muitos outros assuntos da psicologia. É só acessar este link e fazer parte agora mesmo.