Freud iniciou seu processo com a Psicanálise a partir do tratamento com as histéricas.  Diante disso, podemos perceber inúmeras questões:

– O que está também dentro da fala é o silêncio;

– A linguagem vem como forma de constituição dos seres vivos;

– O amor nasce a partir da FALTA, essencial para se fazer LAÇO;

– O psicótico é um ser falante, diante disso se é possível o seu diagnóstico como tal. Se fala, pode-se ser analisado, és um sujeito.

A linguagem é o que nos revela, o que nos diferencia também.

Vamos pensar então hoje em dia as relações contemporâneas interpessoais? Como essa forma de se expressar está sendo exposta e notada? O que vocês diriam a respeito da comunicação assertiva? Eu, particularmente, acredito não existir uma forma certa e errada de se expressar, porém uma forma em que se é possível gerar mais ou menos conflitos com o outro, quem aí concorda?

Tais maneiras de se relacionar muitas vezes gera uma falta de clareza, onde acaba-se não sabendo de fato o que repassar de informação para o outro pelo “simples”, mas não tão simples assim, motivo de não saber o nosso próprio desejo. Contraditória essa vida nossa, né mesmo?

Sua importância de SER

Vivemos diante de queixas que levam ao sofrimento e de sofrimento que levam ao próprio SINTOMA. O que é o sintoma, afinal? Sintoma seria um saber de si inconsciente e a psicanálise não trabalha em acabar ou eliminar o sintoma, portanto, mas sim para fazê-lo funcionar, isso é o que podemos chamar de cura em psicanálise. Seria então lidar com ele com menos dor? Menor sofrimento possível ao sujeito, o que me dizem?

Hoje vivemos a clínica dos excessos, inúmeros tipos de formas de gozar de compulsões, de estar sempre em busca de se preencher e se esvaziar, e volto a dizer, estamos no limbo da insatisfação, buscamos sempre voltar a esse elo do desconforto, do desprazer.

Para o analista, aquele Sujeito no lugar de escuta, ele  precisa estar com suas questões trabalhadas e elaboradas – Importância do TRIPLÉ PSICANALÍTICO: Supervisão + análise + teoria.

E MAIS…

Desejo reconhecido

Fazer falar e falhar o sintoma, é importantíssimo, sintoma que não falha, não causa.

O sintoma bem dito, terá sido desejo reconhecido. A importância do sujeito reconhecer e sustentar essa castração porque nem tudo é possível ser e sentir.

O trabalho da análise se orienta em reconhecer o desejo e fazer com que o sintoma funcione.

Finalizo portanto minhas indagações aqui, com essa frase: “Não há o objeto, mas como o desejo, nós o reconhecemos.”