Aliar a meditação ao tratamento psicológico pode trazer benefícios ao self terapêutico. Padronizar a prática por meio de protocolos, possibilitará melhor conectividade com diagnóstico que permitem maior confiabilidade na elaboração da avaliação do paciente.
Os protocolos são ferramentas que evidenciam o processo desenvolvido durante a realização da prática de meditação, possibilitando uma integração e organização das informações, garantindo a qualidade e continuidade das mesmas, onde o diagnóstico se torna fundamental na avaliação e classificação da condição atual do paciente. Isso contribui para alinhar e seguir determinado raciocínio de modo técnico e cietifico, totalmente sistematizado e organizado.
Elaboração da avaliação
Observa-se que, para melhor diagnóstico é necessário evitar julgamentos e reflexões que podem interferir na percepção dos estímulos aos quais o paciente deve procurar experimentar suas emoções e pensamentos da maneira como eles se apresentam, sem se preocupar em categorizá-los como positivos ou negativo. (GIRARD, FEIX,2016).
Contudo, para possibilitar a conectividade com diagnóstico que permite maior confiabilidade na elaboração da avaliação, é necessário aplicar a essência da prática do mindfulness, levando o indivíduo a aprender a interagir diretamente com o que está acontecendo em sua vida, no “aqui e agora”, no momento presente, de maneira que ele se torna consciente da realidade vivida, e com isso tenha a oportunidade de trabalhar de forma consciente as suas questões, permitindo maior confiabilidade na elaboração da avaliação.
Na área da saúde mental, os efeitos da meditação têm refletido positivamente, especificamente nos parâmetros de pensamento e nos sistemas cognitivos, onde o treino da meditação pode auxiliar na redução de pensamentos distrativos e ruminativos. Conforme REIS, et al ( 2014, p.15), a forma de Psicoterapia, a TCC começa sua avaliação realizando uma anamnese completa e um exame do estado mental do cliente. Na TCC, a avaliação e a realização de conceitualização de caso são baseadas em um modelo amplo de tratamento, possibilitando melhor desempenho das funções executivas associados à prática de meditação, viabilizando conectividade com diagnóstico que permite maior confiabilidade na elaboração da avaliação.
Experimento do momento presente
Os problemas clínicos geralmente estão ligados ao processamento do passado ou futuro, como a depressão e a ansiedade, o que torna a aplicabilidade do mindfulness uma ajuda para sair dessa dicotomia.
Basicamente, a técnica refere-se à capacidade de prestar atenção ao momento presente. O estado de presença mental ou atenção plena a prática de mindfulness caracteriza-se por estar alerta momento a momento, em uma condição de consciência sincera não julgadora, onde a consciência atenta é experiencial e não verbal e como qualquer outra habilidade, torna-se mais consistente com a prática ( SILVA, 2014).
Porém, o autor CARVALHO,( 2014) destacou que, quando se está com uma confusão de sentimentos, o que normalmente ocorre é uma reação e não uma consciência da experiência. Por isso, a prática de mindfulness torna-se uma tendência ao tratamento aliado à TCC por permitir que o indivíduo fique menos reativo, conseguindo agir de forma efetiva e consciente, frente às experiências e essa consciência torna o tratamento terapêutico mais efetivo.