Uma nova pesquisa promissora publicada na Nature Biotechnology sugere que um teste simples do cérebro, emparelhado com descobertas da inteligência artificial (IA), pode prever se um antidepressivo funcionará em um determinado paciente.
De acordo com Madhukar Trivedi, professor de psiquiatria do University of Texas Southwestern Medical Center, foram coletados dados de um estudo anterior no qual mais de 200 pessoas com depressão fizeram um eletroencefalograma (EEG): um teste não invasivo que registra as ondas cerebrais de uma pessoa por meio de eletrodos colocados em seu couro cabeludo. Um grupo recebeu sertralina (um antidepressivo) e o outro recebeu placebo por oito semanas.
Trivedi e a equipe criaram um algoritmo de aprendizado de máquina projetado para analisar os dados de EEG. De acordo com a pesquisa, 65% dos participantes do estudo com determinadas ondas cerebrais mostraram uma forte resposta à sertralina.
Os pesquisadores também aplicaram seu algoritmo de IA a dados de um estudo separado no qual as pessoas realizaram testes de EEG antes de serem submetidas à estimulação magnética transcraniana (TMS), uma técnica de estimulação cerebral para tratar a depressão. Eles descobriram que as pessoas das quais não se esperava que respondessem bem à sertralina, com base em suas ondas cerebrais, tendiam a ter respostas positivas à STM.
A próxima etapa será realizar ensaios clínicos nos quais a IA sugere um tratamento com base nos padrões de EEG do paciente.