Transtorno degenerativo que se manifesta de forma gradual, o Parkinson afeta o sistema nervoso e compromete os movimentos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença.
Antes da manifestação da doença em si, ocorre uma mudança no cérebro, quando há uma degeneração progressiva de células nervosas em uma região do cérebro chamada substância negra, responsáveis por produzir dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos.
Olhar especialista
Segundo o neurologista especializado em Parkinson e transtornos de movimento, Dr. Gabriel Xavier, quando ocorre essa combinação de fatores, o cérebro passa a ter mais dificuldade de enviar o comando correto para os músculos. “É nesse momento em que notamos o aparecimento dos sintomas mais visíveis”.
Em relação aos sintomas, há o consenso que existem manifestações diversificadas. Entretanto, os tremores e a rigidez muscular são os principais. “A bradicinesia, que são movimentos lentos, também é um sintoma relativamente comum. Com isso, tarefas consideradas simples acabam sendo mais demoradas. Outro exemplo de manifestação da doença é quando há uma instabilidade postural. Nesse momento o paciente passa a ter uma dificuldade de se manter ereto e equilibrado”, destaca o Dr. Gabriel.
Impacto emocional
O transtorno também se manifesta por meio de alterações na fala e na escrita. Um paciente com sintomas de Parkinson poderá ter uma voz mais baixa, além de dificuldade para falar de maneira perfeita certas palavras. Outro exemplo está no ato de escrever, quando a pessoa passa a ter dificuldades para escrever de maneira legível.
O Parkinson, além dos sintomas físicos, também impacta profundamente o emocional dos pacientes. A lentidão dos movimentos, os tremores e a perda de autonomia podem gerar sentimentos de frustração, tristeza e ansiedade. Muitos enfrentam depressão, medo do futuro e isolamento social, devido às limitações impostas pela doença.
Diagnóstico precoce e tratamento
“Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento mais eficaz e correto, feito de acordo com cada paciente. Gosto de ressaltar que não o transtorno não é de fato uma sentença”, finaliza.
O apoio psicológico e o acolhimento familiar são fundamentais para manter a qualidade de vida e o bem-estar emocional do paciente.