O Brasil é o quinto país com maior número de casos de diabetes de acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), com cerca de 16,8 milhões de adultos diagnosticados. Além dos impactos negativos já conhecidos da doença, ela pode ir muito além disso, afetando o cérebro, gerando déficits cognitivos e até mesmo demência.
O estudo ‘Diabetes e demência: como alguns fármacos para tratar diabetes reduzem o risco de demência’, publicado na revista científica Cuadernos de Educación y desarrollo, explora a relação entre demência e diabetes. Um dos autores, o médico ortopedista Luiz Felipe Carvalho, afirma que existem diversos estudos que apontam uma relação entre a diabetes e a demência, mostrando também que, quanto mais longa for a duração da doença, maiores são os riscos de comprometimento cognitivo. Além disso, o uso dos medicamentos para tratar diabetes tem influência nesse processo.
Os estudos indicam que existem medicamentos específicos capazes tanto de tratar a diabetes quanto de prevenir a demência, o que seria importante para evitar a combinação das condições. Mas para que eles passem a ser usados nesse sentido, são necessários mais estudos. “Para além desses detalhes mais técnicos, é importante notar o quanto isso reforça a importância de prevenir a diabetes e manter o controle glicêmico também como forma de preservar a função cognitiva”, afirma Carvalho.