A pesquisa publicada na revista Nature Cancer mostrou que até 20% dos glioblastomas (a forma mais agressiva de câncer cerebral) têm usinas de energia celular hiperativas (mitocôndrias) e que suas células dependem delas para obter toda a sua energia. Os cientistas descobriram que as mitocôndrias são hiperativas neste subconjunto de glioblastoma e que as drogas inibidoras da mitocôndria tinham um poderoso efeito antitumoral em culturas de células em crescimento no laboratório.
Além de analisar as mutações genéticas e a atividade gênica de cada célula, eles também identificaram outras modificações em seu genoma que afetam as proteínas e os RNAs não codificantes que ela produz. Essa abordagem, chamada de multiômica, permite classificar cada célula tumoral individual com base na biologia real que a sustenta. A equipe usou a multiômica para caracterizar a biologia de 17.367 células individuais de 36 tumores de glioblastoma diferentes. Quatro tipos distintos de células, incluindo o subtipo mitocondrial, emergiram desta análise. Em princípio, se os médicos podem classificar o tipo de glioblastoma em um paciente, eles podem adaptar o tratamento para interromper sua biologia única.