Em alguns casos, o comportamento criminoso estaria associado ao que os especialistas chamam de psicopatia. São pessoas que saem à caça de novidades, têm gosto pelo perigo, não sentem necessidade de fugir de situações de ameaça e têm pouca dependência da aprovação dos outros. Ou seja, sua vontade é sua lei.
A psicóloga Eglacy Cristina Sophia explica a natureza da paixão e suas reações químicas. Ela também aborda o quadro conhecido como amor patológico, que ainda está sob investigação e, portanto, ainda não é reconhecido como transtorno pelo DSM-5, publicado pela APA (American Psychiatric Association). Essa condição se assemelha ao vício por drogas ou jogos e é reconhecido pela ativação de regiões do cérebro ricas e dopamina, que promovem sensação de bem-estar e motivação.
Os pesquisadores descrevem essa experiência como um sentimento de repulsa a tudo e a todos. É uma sensação de desprazer, que surge de um conflito entre a necessidade de intensa atividade mental e a incapacidade de ser incitado.
Winnicott ressalta a importância da experiência da ilusão vivida pelo bebê recém-nascido em decorrência da adaptação sensível da mãe. Sem ela, a criança pode desenvolver uma espécie de autossuficiência na ausência do cuidado, que é chamada pelo psicanalista como falso “self”. O resultado é uma vida esvaziada de sentido e permeada por um senso de irrealidade.
O psiquiatra Alexandre Valença, professor da UFRJ, comenta o transtorno de personalidade borderline. Trata-se de um tipo disfuncional de comportamento marcado por emoções intensas, instabilidade, dependência afetiva e sentimento crônico de vazio.
Na famosa obra “Tipos Psicológicos”, o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung descreveu oito tipos de personalidade. O seu estudo foi a base para o inventário de personalidade que serve como instrumento de medida de consultorias organizacionais. Mas seu legado também é revisitado pelos jovens e passeia no dia a dia da nova geração.
Os cientistas pretendem criar uma plataforma para manter organoides crescendo sem intervenção humana. O objetivo é testar medicamentos para tratar condições, como autismo.
Pesquisa americana revela casos atípicos de doença de Alzheimer com perda progressiva da linguagem. O quadro de pacientes que não apresentam perda de memória, mas afasia progressiva primária, representa cerca de 40% na amostra.
A partir de estudo de caso, um neurocientista norte-americano , do Hospital Infantil St Louis, no estado de Missouri, descobriu que o cérebro tem uma extraordinária capacidade de remapear suas funções, mesmo após sucessivos infartes, pois os neurônios se reconectam como ilhas ao redor do tecido sadio, não afetado pela lesão.
Pela primeira vez na história, cientistas usaram a técnica da reprogramação celular para recriar minicérebros a partir de material genético de neandertais e denisovanos, espécies de hominídeos extintas, com o propósito de entender como se desenvolveu a capacidade cognitiva do homem moderno.
André Martins, professor da UFRJ, associa a teoria do psicanalista Donald Woods Winnicott aos conceitos do filósofo moderno Baruch de Spinoza no entendimento sobre o “agir autêntico”. Ele afirma que a relação simbiótica com a mãe permite ao bebê a experiência da ilusão, elemento necessário para o desenvolvimento psíquico.
O psiquiatra José Carlos Appolinário, da UFRJ, afirma que a causa da bulimia nervosa, da anorexia nervosa e da compulsão alimentar é multifatorial com forte influência genética, associada a uma exposição ao ambiente, que cultua o corpo perfeito. Segundo ele, alguns grupos profissionais, como bailarinas e modelos, estão mais expostos a essa cultura.
