Um dia meu irmão me perguntou: – O que você está procurando?

Eu disse: – Algo para resolver as dores físicas e emocionais de alguns pacientes, dores que não largam, dores que voltam e que com os recursos fisioterápicos e holísticos que uso, não consigo…

Ele disse: – Eu estive deitado numa “mesa com cordas”. Uma pessoa tocava, eu deitado nela nem sei pra onde fui, mas voltei “zerado”. Você que gosta tanto de música…quem sabe…

Essa conversa aconteceu no Natal de 2006. Foi a descoberta da Mesa Lira!!! Uma mesa de madeira para atendimento, composta por uma caixa de ressonância e abaixo 42 cordas, onde o profissional toca e a pessoa deitada sobre ela recebe uma “massagem” sonora. O som emitido e a vibração dão a sensação de estar envolto em um tubo de som.

Experiência única

Logo fui à oficina do Luthier (profissional que faz instrumentos sonoros, como violinos, por exemplo) que fazia a Mesa Lira. Para avaliar melhor o método, levei comigo um dos meus filhos, que gosta muito de música. Lá experimentamos. Foi fantástico!  Interessante que tivemos experiências diferentes com o mesmo resultado: saímos com nossos corpos leves e centrados. No transcorrer dos dias tivemos desdobramentos: nossa criatividade estava maior, ficamos bem com nosso corpo e a sensação de leveza permaneceu.

Na época achei com muita dificuldade algum material escrito, alguma pesquisa que pudesse apoiar o uso terapêutico da Mesa Lira. Falei com o brasileiro que a trouxe para o país (Marcelo Petraglia), com o suiço que a concebeu (Joakim Mars) e com o francês que a redesenhou (Fabien Maman). Assim encontrei a Mesa lira relacionada a “sons que podem curar”, ligada a conceitos musicoterápicos e antroposóficos.

Na época encontrei 3 profissionais que usavam a Mesa Lira e resolvi realizar sessões com eles. Durante as sessões eu tinha sensações diversas, muito particulares, minha consciência se abria e me levavam sempre a um profundo bem-estar e aquietamento.

Universo sonoro

Sabemos que somos som, quero dizer que se você pudesse olhar os átomos que compõem seu corpo, iria notar que cada partícula atômica é composta por uma vibração específica. Essa vibração produz um som, que você não ouve, mas está lá. Essa teoria é a mesma que estabelece o nosso Universo como “Universo sonoro” (teoria de Stephen Hawking), pois todo nosso universo também é composto por átomos.

Desse modo, um determinado som pode ser organizador ou desorganizador da pessoa, de um ambiente e até de uma população. Um som pode produzir efeitos profundos, tanto em humanos quanto em não humanos.

Eu sabia também que um instrumento de cordas, ao ser tocado, emitia uma onda mecânica sonora que se propagava pelo ar fazendo vibrar os diferentes tipos de materiais por ela alcançados, podendo interferir nos materiais atingidos, no caso da Mesa Lira, nós.

Efeitos psico emocionais

As características do som, como sua intensidade, altura (grave ou agudo), duração e timbre vão determinar que tipo de onda, qual tipo de vibração ele vai propagar, correspondendo a determinada interferência nos objetos e pessoas que ele chegar.

Eu estava atenta a importantes questões: quais efeitos psico emocionais seriam provocados pelo som da Mesa Lira através dos ouvidos e cérebro, quais seriam os efeitos no nosso sistema muscular, articular, no funcionamento dos nossos órgãos e metabolismo, quem poderia e quem não poderia se submeter a essa terapêutica. Diversos questionamentos nasceram: uma gestante poderia? Uma pessoa com pressão alta poderia? Uma pessoa com transtorno mental poderia? Uma criança hiperativa poderia?…. e a última delas: será que eu estaria preparada para usá-la? 

Visto tudo isso, eu mesma estabeleci um tipo de crivo: eu queria ser avaliada pelos 3 profissionais que já usavam a Mesa há muito tempo.  A minha absoluta aprovação foi pautada em meus estudos musicais desde pequena, conhecimentos em musicoterapia, formação em fisioterapia, auriculoterapia, aromaterapia e mestrado em enfermagem psiquiátrica.

Sintonia terapêutica

Vibrei em sintonia e feliz, comprei a Mesa Lira. Fiz uma pesquisa com 10 pacientes que participaram de 10 sessões com frequência semanal. Os resultados foram bem particulares. Todos relacionados a bem-estar. 80% diminuição de dores físicas e 100% diminuição da ansiedade.

Os efeitos da Mesa Lira são o resultado das vibrações das 42 cordas em Ré. Essas vibrações estimulam nosso sitema imunológico e as ondas Theta do cérebro que levam a um profundo estado de relaxamento, o estado entre acordado e dormindo. É semelhante a um estado hipnótico. No corpo, as ondas sonoras mecânicas farão o corpo vibrar. Tanto a superfície corporal (a pele) quanto os músculos, órgãos internos, corrente sanguínea, ossos e mais profundamente, todas as células vibram. As vibrações continuam após a sessão, mesmo que imperceptíveis.

Desde então fui criando oportunidades ampliadas de uso da Mesa Lira e criei um roteiro terapêutico onde sempre inicia quando a pessoa conta sua história e a razão dela estar alí comigo.

E MAIS…

O tratamento pode ser associado

É preciso ter o cuidado com o paciente, pois algumas pessoas não poderão se beneficiar, como por exemplo, mulheres no início da gravidez, onde o feto ainda está em implantação, pessoas com alterações da pressão arterial não controlada, pessoas em processo infeccioso ou inflamatório em curso, pessoas com febre, pessoas com transtorno mental não estável e sem acompanhamento terapêutico.

Tem pessoas que não procuram o método para algum tratamento específico, mas querem experimentar, vem por curiosidade e para relaxar.  A Mesa Lira pode fazer parte de 5% a 100% da sessão e o que norteia. Depende do desejo e da necessidade que a pessoa expõe.

Quando a Mesa não compõe 100% da sessão ela pode ser associada a:

  • Diversos tipos de massagem
  • Fisioterapia convencional
  • RPG – fisioterapia
  • Fisioterapia pélvica
  • Acupuntura
  • Aromaterapia
  • Imagem criativa
  • Alinhamento dos Chakras
  • Relaxamento guiado
  • Meditação Guiada
  • Liberação de crenças limiantes
  • Viajem Xamânica
  • Reiki
  • Constelação Sistêmica Familiar

As sessões podem ser avulsas ou fazerem parte de um plano de tratamento.